Ao explorar a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura em Veneza, o ArchDaily teve a chance de conversar com Jayden Ali e Joseph Henry, dois dos co-curadores do Pavilhão Britânico. A exposição intitulada "Dançando Diante da Lua" foi criada em conjunto com Meneesha Kellay e Sumitra Upham, e apresenta criações de seis designers e artistas. Segundo os curadores, o objetivo das instalações é expandir a compreensão geral do que é arquitetura e integrá-la em uma discussão mais ampla com moda, música, arte, dança e performance, em vez de separá-la como uma disciplina afastada. No dia 20 de maio, o Pavilhão Nacional Britânico foi premiado com uma menção honrosa na cerimônia de premiação deste ano.
A exposição também foi pensada como uma exploração do que significa ser britânico hoje através da prática e cultura arquitetônica britânica contemporânea. Desafiando ideias preestabelecidas sobre o papel das profissões, os curadores também tiveram que abordar e desafiar a construção do Pavilhão Britânico como espaço atribuído para a exposição. Ao fazer isso, obras também foram colocadas em toda a área do Giardini, anunciando a presença do pavilhão e mudando a escala da intervenção.
As obras expostas foram encomendadas especificamente para a Bienal. Os curadores criaram briefings para os artistas explorando maneiras pelas quais o trabalho deles se alinhavam com a exposição e a narrativa curatorial. Os curadores também explicaram como trabalharam com os artistas para incentivá-los a criar em escala e pensar arquitetonicamente, se não o tivessem feito antes. Um dos temas recorrentes que emergiram do trabalho dos artistas foi a ideia de rituais como forma de se engajar com o espaço, e o foco em aspectos cotidianos da vida.
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"Dançando Diante da Lua": British Council anuncia pavilhão para a Bienal de Veneza de 2023A ideia da prática ritual ou dos rituais não estava necessariamente presente desde o início, quando estávamos selecionando os artistas, mas surgiu uma semelhança entre eles ao lidar com práticas de fabricação de materiais, lidar com a herança, lidar com a cultura, lidar com a paisagem de onde vêm. - Jayden Ali
Ao discutir a reação e o feedback recebidos pelos visitantes do pavilhão, os curadores mencionaram que muitas pessoas se sentiram contempladas pela exposição, e isso lhes conferiu um senso de otimismo. Como muitas das obras abordavam fatos da vida cotidiana, o pavilhão dialoga tanto com arquitetos quanto com não-arquitetos, criando espaço para que todos participem da conversa sobre o papel em constante evolução da arquitetura como um campo mais amplo.
A arquitetura toca a vida das pessoas. Todo mundo tem um apego a um lar, um apego a lugares com os quais estão familiarizados, e esses pontos de entrada para tais lugares são rituais e costumes cotidianos. E é assim que você entra nessa conversa. - Jayden Ali
A exploração da arquitetura como uma prática cultural mais ampla representa um dos principais temas abordados durante a bienal, como expresso pela curadora da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura, Lesley Lokko, durante sua entrevista em vídeo para o ArchDaily. Ela também discutiu o desejo de criar um espaço para vozes que normalmente não são ouvidas em exposições globais. Em uma entrevista publicada antes da abertura da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023, Lesley Lokko compartilhou insights sobre o tema, declarando também sua aspiração para que a Bienal encoraje as pessoas a "pensar de maneira diferente e talvez mais empática sobre aquelas partes do mundo que parecem, à primeira vista, ter pouco a ver com elas".
Convidamos você a conferir a cobertura abrangente do ArchDaily da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023.
